O doce conto de não poder contar e seus possíveis desfechos.
Ah se eu pudesse conta com você te contaria cada detalhe e dividiria cada inconstância de cada verbo.
Se eu pudesse contar eu cantaria uma canção que contaria a teus ouvidos o que por se só sabe o coração.
Se eu pudesse contar com você, a conta seria tão lógica, que de pouco haveria de precisar no balanço final de cada ato.
Meias Palavras
sábado, 28 de março de 2015
quarta-feira, 18 de março de 2015
Ah ... o gosto agridoce do mais puro doce que se pode provar... Eis aqui, um tormento, um acaso, por vezes um caso, um descaso, que se casa, uma dor ou um amor. Por ela, por mim, em cada esquina, em cada ruela, numa via escura de um beco indecentemente sem saída de uma via de mão dupla não escolhida, quase interrompida, por falta de amor ou penas fanfarrice de não ter coragem de ser o que se quer. E não saber, na contra mão de tudo isso, como ser o que não se cabe mais, aquele velho gosto agridoce que espanca a porta fechada por levianos preceitos mal ensaiados de um desgosto quase pleno ou de um não querer destoado com um não fazer.
domingo, 1 de fevereiro de 2015
Eu que transito por todos os cantos do mundo, muitas vezes
entre um mundo e outro, livre, com um sorriso estampado e um sarcasmo que faço
piada de tudo que me doei e me doí tantas vezes mundo a fora. Eu que sei ser
como muitos de todo lugar que me moldo me adapto, que me amasso, me rasgo me
entrego. Experimentei tudo que quis e nunca ousei me arrepender das escolhas
que fiz. Sempre rodeadas por muitos seja lá como for, sempre com a mesa cheia
de afetos afetados por um cotidiano maçante, ou por apenas desafetos muito bem
mascarados. Na grande maioria das vezes, me sinto tão só que ecoa, que grita
entre os dedos, que minha própria ausência me torna estranha de mim mesma, eu
que disso sempre ter muitos amigos, me faltam um ou dois para comemorar uma
conquista ou pra gritar uma raiva ou apenas pra fumar um cigarro numa tarde
fria, aliás faltam até tardes frias.
Nesse mundo hoje de todos tão próximos e tão enganados por
essa proximidade vadia, que está sempre aqui mas não é de ninguém. Vamos
adiante nos enganando, mantando nosso tempo, deixando o chá esfriar e perdendo
o ponto certo do brigadeiro, e ai meu amigo já não tem mais volta, se passou o
ponto, vai endurecer e muitas vezes amargar, por mais banal que seja um
brigadeiro não perca o seu ponto. As melhores coisas da vida acabam por amargar
se passam do ponto, nem antes nem depois que seja possível fazer o qeu é necessário
no momento exato, que as rédeas da realidade não escape entre os dedos numa
distração, que saiba a diferença exata entra atração e distração...
domingo, 28 de dezembro de 2014
Sobre romper
Que a vontade de começar do zero não me faça fugir pra um lugar bem longe onde ninguém vai me achar nem eu mesma... mas que também ela não passe que seja latente, que lateje até doer, até romper e que me faça de início ao menos sair do lugar, seja lá pra onde for...
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Intangível
É recorrente...
Toda e cada vez que você se sente mal e minhas mão se atam e não há nada que eu possa fazer.
Me sinto nada, como deveria ser.
Toda e cada vez que você se sente mal e minhas mão se atam e não há nada que eu possa fazer.
Me sinto nada, como deveria ser.
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