segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Agridoce

Por que você às vezes
Se faz de ruim?
Tenta me convencer
Que não mereço viver
Que não presto, enfim

Saio em segredo
Você nem vai notar
E assim sem despedida
Saio de sua vida
Tão espetacular

E ao chegar lá fora
Direi que fui embora
E que o mundo já pode se acabar
Pois tudo mais que existe
Só faz lembrar que o triste
Está em todo lugar

E quando acordo cedo
De uma noite sem sal
Sinto o gosto azedo
De uma vida doce
E amarga no final

Saio sem alarde
Sei que já vou tarde
Não tenho pressa
Nada a me esperar
Nenhuma novidade
As ruas da cidade
O mesmo velho mar

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Um verso apenas

Se por lei ao teu encanto eis de me render,
que seja tão lindo quanto intenso em teus braços adormecer.
Se por falta de amor ou sorte não puderes de algum modo com você deliciar
de tal melodia, tão doce que ressoa a nossa singela troca de olhares.
Direi sempre entre os meus, versos sobre quando você por perto estava;
e se de algum modo de te eu merecer, algo além que puderes me proporcionar,
que um sorisso seja de tal modo bem recompensado,
pois mesmo que seja em um dia, um segundo ou uma hora.
Certo és que um grande amor se concretizou em nossas horas,
que singelas sendo foram eternas ao coração que incessantemente palpitava.